Transparência

Sidrolândia: Vice-prefeita é presa com maconha em operação de propina

A vice-prefeita de Sidrolândia, Cristina Fiúza (MDB), foi presa nesta terça-feira (18) durante a Operação Dirty Pix, do Gecoc/MPMS (Grupo Especial de Combate à Corrupção). Durante o cumprimento do mandado de busca, agentes encontraram em sua residência uma quantidade de maconha, descrita como suficiente apenas para uso pessoal.

No mesmo dia, o ex-presidente do Hospital Beneficente Elmíria Silvério Barbosa, Jacob Breurer, também foi preso depois que investigadores localizaram uma arma sem registro em sua casa. Ambos foram levados para a Delegacia de Polícia de Sidrolândia.

Esquema de desvio de R$ 5,4 milhões

A Operação Dirty Pix cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em Sidrolândia e Manaus (AM). A investigação identificou o desvio de R$ 5,4 milhões destinados à compra de um aparelho de ressonância magnética e uma autoclave para o Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa.

A verba havia sido repassada pelo Governo do Estado à prefeitura de Sidrolândia, mas parte dela teria sido desviada pela direção do hospital em parceria com a empresa Pharbox Distribuidora Farmacêutica de Medicamentos (CNPJ 20.820.379/0001-93).

Segundo o Gecoc, a empresa também teria pago vantagens indevidas a vereadores por meio de transferências via Pix — diretamente ou por intermédio de terceiros — além de repasses ao então presidente do hospital, Jacob Breurer.

Alvos da operação

O portal claranews identificou como alvos da operação:

Cristina Fiúza (MDB), vice-prefeita de Sidrolândia

Enelvo Felini Júnior, secretário municipal

Vereadores Izaqueu Diniz (Gabriel Autocar), Cledinaldo Cotócio e Adavilton Brandão

Ex-vereadores Elieu Vaz e José Ademir Gabardo

Jacob Meeuwis Breure, ex-presidente do hospital

Júlia Carla Nascimento

Júlio César Alves da Silva

Comercial Gabardo (CNPJ 08.217.980/0001-90)

Gabriel Auto Car (CNPJ 19.409.298/0001-16)

Farma Medical Distribuidora (CNPJ 40.273.753/0001-95)

Pharbox Distribuidora Farmacêutica (CNPJ 20.820.379/0001-93)


O nome da operação, Dirty Pix, faz referência ao uso de transferências financeiras ilícitas para sustentar o esquema.

Compra milionária não entregue

Em agosto de 2023, a empresa Pharbox havia sido condenada pela Justiça a entregar a ressonância magnética e a autoclave contratadas pelo hospital por R$ 5.468.750,00.

O pagamento foi feito antecipadamente, segundo o hospital, por conta da cotação em dólares. Mesmo após tentativas de resolução amigável, os equipamentos não foram entregues dentro dos prazos estabelecidos.