Mesmo com o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, que deveria reduzir o preço em até R$ 0,11 por litro, o impacto não chegou ao consumidor em Mato Grosso do Sul. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que, entre julho e setembro, a variação foi mínima: a gasolina comum passou de R$ 5,95 para R$ 5,94, enquanto a aditivada caiu apenas de R$ 6,15 para R$ 6,14.

O etanol hidratado, que poderia ganhar competitividade, subiu de R$ 3,88 para R$ 3,91. Já o diesel também registrou aumento, com o comum passando de R$ 5,94 para R$ 6,03 e o S10 de R$ 6,00 para R$ 6,05.

Para o economista Eugênio Pavão, esse comportamento segue um padrão consolidado: os combustíveis sobem rapidamente e demoram a cair, com revendedores muitas vezes alegando custos de estoque.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a elevação da mistura de etanol para 30% (E30), considerada um marco na política de biocombustíveis. Apesar da expectativa, especialistas acreditam que os efeitos reais só poderão ser sentidos no médio e longo prazo, dependendo da dinâmica do mercado e da forma como postos e distribuidoras repassarem os benefícios.